sábado, 17 de setembro de 2011

A história que não é de Jó


Fez-se pó
Se não bastasse ser somente pó
Fez-se só
Só um amontoado de perguntas não feitas, por medo de ser só
Um silêncio que invade e preenche e transforma tudo em... Dó
Uma dó de si mesma por não se permitir ser só com seu silêncio e no silêncio amar o vazio, silenciando
Dó de não assumir ,que dó só se tem daquele que se tem um nó
Nó em qualquer lugar, que aperta o peito querendo esculpir na imagem do passado presente pertinente vazio, que assombra, criando qualquer coisa na escuridão, para não sofrer como Jó
Nó de ser pó perto de Jó
Dó de ter no peito uma costura, que nem Jó soube questionar tamanho buraco
Um nó que não basta ser apenas um nó, que não tem remédio e que nem nunca terá
Nem cura e nem rastro de quando deixará de sofrer só, com dó de si e lamentar com dó de ter se tornado lágrima que não desce, mas queima, lateja por dentro e no meio dessa solidão...
...Aprender na dor a ser somente, só.