terça-feira, 3 de julho de 2012

Concreto caos


Todo dia de manhã eu me levanto no escuro do dia do meu quarto. Tenho dificuldade de respirar, o ar é muito seco só me faz espirrar.


 Da varada do meu apartamento vejo um verde que é de alegrar, passáros cantando alto para alguém os escutar. É muita confusão para quem não tem ninguém para quem desabafar. 


 As pessoas amontoadas dentro de caixas com rodas, não veem a hora de chegar. É só espera, é só demora. O relógio parece não ter hora para chegar. 


 A vida vai passando com pressa. Sem ter para quem falar. Vamos indo com a maré das nossas rotinas para a onde a vida nos levar. Só que as montanhas asfaltadas da rua não dão para o mar. 


 O mar de concreto que tenho que aceitar. Espero um dia não me atropelar no meio da cidade cinza onde só terei como chorar.