terça-feira, 16 de agosto de 2011

ÂNSIA

Tropeço no silêncio


Machuco a alma


Dentro dessa noite


Falo com a mesa


Quem sabe alguém ouve


Clamo para a vela


Perdida...


Sem querer poupar palavras e esforços


Para te dizer


O quanto dói ainda amar você


Desejo com o coração


Grito com a cabeça


O impossível do possível


Acredito sem ver


Sem sentir, sorrio


Com os olhos falo


Crio esperanças


Canto com as mãos


Sem merecer, peço


Quase ordenando


Marcando meus sonhos nos seus sonhos


Nas imensas linhas invisiveis do destino


Sem saber, quase desistindo


Que os anjos estão testemunhando


Anotando tudo


A palavra dita a ação não feita


Para amanhã pesar na enorme balança do acaso


Agora conheço o avesso do amor


Caminho só


Não desistindo, apostando, no reencontro


Enquanto isso me agarro


Na ânsia de poder me moldar no Eu maior


Desejado tanto por Deus



Para Emmanuele

Um comentário:

  1. esse é demais. As palavras encaixam-se perfeitamente e expressam de verdade o que eu sinto às vezes. bjo

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